Apelido: Diabo Loiro
Nascimento: 16 de julho de 1937, em São Vicente (SP)
Altura: 1,85m
Clubes: C.R. Tumiaru (SP), XV de Piracicaba (SP), Corinthians (SP), Tênis Clube de Campinas (SP) e Palmeiras (SP)
Posição: Ala-armador
Títulos: Bicampeão mundial (1959 e 63), medalha de bronze nas Olimpíadas de Roma (1960) e de Tóquio (1964), medalha de bronze nos Pan-americanos da Cidade do México (1955) e de Chicago (1959), e medalha de prata no de São Paulo (1963) Diabo Loiro é como Wlamir Marques ficou conhecido na seleção brasileira, com a qual disputou os mundiais de 1954 no Rio de Janeiro, 1959 em Santiago, 1963 no Rio de Janeiro e 1970 na Iugoslávia.
Também vestiu o manto verde e amarelo em quatro Olimpíadas: Melbourne em 1956, Roma em 1960, Tóquio em 1964 e México em 1968.
Wlamir Marques ergueu a taça de campeão do mundo duas vezes. O bicampeonato veio em casa, no Maracanãzinho, em 25 de maio de 1963. Quatro anos antes, levantara o caneco de ouro no Chile.
O ala-armador passou por quatro clubes, todos alvi-negros. Aos 11 anos pulava o muro de sua casa para ir nadar no Clube de Regatas Tumiaru e passava pelas quadras de basquete a caminho do mar.
O jogador se transferiu para o XV de Piracicaba em 1953, clube no qual aprimorou seu jogo e conquistou uma vaga na seleção adulta que disputou o Mundial do ano seguinte.
Aos 25 anos de idade trocou de time, mas manteve as cores. Em 1962, passou a defender o Corinthians por dez anos, com o qual foi octacampeão paulista. Lá, ajudou a treinar a equipe feminina, experiência que viveu também no time piracicabano.
Com o elenco do Parque São Jorge, jogou contra o Real Madrid e venceu por 118 a 109. O amistoso entrou para a história do basquete. O Diabo Loiro, mesmo com o olho inchado por causa de uma pancada no dia anterior à partida, anotou 54 pontos.
O clube aboliu a modalidade em 1972. Nesse mesmo ano, Wlamir foi convocado para as Olimpíadas de Munique como assistente-técnico e jogador.
Ele recusou o convite, pois perderia o ano na faculdade de educação física. Os canarinhos ficaram em sétimo lugar.
Carreira como técnico
Wlamir foi para o Tênis Clube Campinas atuar como jogador e técnico até setembro de 1973. Passou para o Palmeiras e trocou a bola laranja pela prancheta definitivamente.
Wlamir nunca encontrou muita dificuldade para jogar nos clubes. Ele recorda que os atletas de sua época nem sonhavam em entrar numa sala de musculação.
A estrutura da seleção brasileira é que ajudou a lapidar seu jogo. Na época, o técnico Kanela era conhecido por cobrar disciplina e pontualidade durante os três a quatro meses de treinamento.
Foi ele quem, ironicamente, levou Wlamir para o futebol do Flamengo na década de 50. O basqueteiro, do alto de seus 1,85 metros, mostrou habilidade no gol, mas optou pelo piso de madeira em vez da grama.
Histórias da seleção
Durante a preparação para o Mundial de 1959, a seleção estava reunida em Volta Redonda. Kanela não queria que Wlamir perdesse os treinos para ver o filho, que estava para nascer.
À noite, o atleta pulou o muro, pegou um ônibus e foi para Piracicaba encontrar a mulher. O jogador quase foi cortado por desobedecer as ordens do treinador.
Sorte que não foi suspenso. Wlamir foi o cestinha da campanha brasileira pelo primeiro título mundial, com uma média de 14,5 pontos por jogo.
Fonte: http://playoff.uol.com.br/almanaque/wlamir-marques
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